quinta-feira, 3 de julho de 2014

Como Conquistar Seu Primeiro Emprego

Conquistar o tão sonhado primeiro emprego é uma  das mais difíceis tarefas do jovem recém formado ou daqueles que buscam uma atividade com ganhos financeiros para ajudar no seu próprio sustento e colaborar com as despesas familiares. Por outro lado,  na hora da contratação as empresas estão cada vez mais exigentes. O candidato  além de possuir  todas as competências técnicas e comportamentais necessárias ao cargo, esbarra com o principal obstáculo, que é a falta de experiência nas atividades que irá desenvolver.

Por onde  começar  para adquirir a tal da experiência se o candidato tampouco conseguiu seu primeiro emprego? Como preencher o currículo? Como se comportar numa entrevista sem tremer? O que devo falar quando me perguntarem sobre minha experiência anterior? Será que vou me adaptar?

O que sempre digo a essas pessoas que me escrevem com muitas dúvidas:  Nunca desanimem. Se você está começando agora sua vida profissional, é preciso ter muita persistência e motivação para superar esse momento. Lembre-se que a maioria daqueles que estão empregados passaram por essas mesmas dificuldades, e o fato de você ainda não ter a exigida experiência e vivência pode ser compensado e até superado por outras qualidades pessoais.  

Para isso você precisa estar bem informado de como são feitos os processos de recrutamento e o que cada empresa busca em seus contratados e, nesse caso, a inexperiência e um currículo adequado pode não ser uma desvantagem. Abaixo algumas dicas que poderão ajudar:

- Faça um inventário de suas habilidades: você precisa ter consciência de suas aptidões, pontos fortes e dos aspectos que precisam ser desenvolvidos, em termos de conhecimentos, habilidades e comportamentos. Seu talento para lidar com conflitos entre os alunos no trabalho de dissertação da faculdade, por exemplo, pode ser usado em qualquer emprego.

- Dedicar-se aos estudos, principalmente os de natureza profissionalizante: Adquirir conhecimentos de ferramentas básicas de informática, estar atento aos cursos extracurriculares e aos eventos e atividades culturais, muitos deles gratuitos ou de baixo custo. Navegar na internet, estar “antenado” com o mundo e desenvolver o hábito da leitura (livros, revistas, jornais, etc). Buscar o domínio de um outro idioma são iniciativas capazes de ampliar suas possibilidades de sucesso na busca pelo emprego.

- Participar de trabalhos voluntários (em uma ONG ou associação comunitária, por exemplo), além de fazer o bem a quem recebe, tem se mostrado como grandes chances para os jovens desenvolverem habilidades de liderança, trabalho em equipe, comunicação verbal e relacionamento interpessoal que ajudam a ampliar a visão prática do mundo, das organizações e a formar uma rede de relacionamentos.  

- Aproveite também as oportunidades de empregos temporários: normalmente voltados a pessoas sem experiência. Esse tipo de atitude valoriza o profissional e ajuda a enriquecer o currículo.

- Construir um bom networking ou rede de relacionamentos: poderá desempenhar papel importante para conquistar seu primeiro emprego, e também ao longo de toda sua vida profissional, para isso, faça uma lista com o nome de todas as pessoas que você conhece. Inclua amigos, parentes, colegas de escola / faculdade, profissionais de sua área e de áreas diversas de seu setor de atividade.  Identifique e procure pessoas que tem poder de contratar você. Às vezes você não conhece ninguém próximo que poderia lhe ajudar diretamente, no entanto tem um amigo cujo pai trabalha em uma empresa que poderia ser uma boa opção de emprego ou estágio para você. Neste caso você tem um bom contato, um ótimo “cartão de visita”, que poderá lhe abrir as portas daquela empresa.  Não esqueça de mandar mensagens por e-mail, ou fazer contatos telefônicos. Mostre às pessoas que está buscando emprego, explique as razões e peça avisá-lo, caso saibam de alguma oportunidade.  É importante que você também se coloque a disposição destas pessoas para atendê-las no que for possível, e seja sincero em sua afirmação.

- Defina os meios para buscar uma vaga:  Atualmente existe diversas forma para buscar uma colocação no mercado, como anúncios em jornais; anúncios de estágios nas faculdades, sites de emprego na internet, cadastrar seu currículo diretamente no site da empresa, etc.  O candidato poderá utilizar todas estas opções, pois assim aumentarão suas chances de sucesso.     

Agora é só aguardar. Logo surgirão convites para que você participe de algumas entrevistas. E lembre-se que o início de toda carreira e manter-se focado é competência fundamental para atingir seus objetivos.

Sucesso a vocês!

domingo, 29 de junho de 2014

O melhor para sua carreira - entrevista interessante do Estadão

Nascido em Israel, onde cursou Economia e Contabilidade na Universidade de Tel Aviv, Amos Genish, de 53 anos, veio para o Brasil em 1999 para implantar a GVT (Global Village Telecom), empresa que atua na área de telefonia fixa, acesso à internet por banda larga e TV por assinatura, hoje controlada pela Vivendi. Bem antes de chegar ao Brasil, aos 28 anos, Genish já comandava uma companhia de software com ações negociadas na Nasdaq, nos Estados Unidos. Em sua trajetória brasileira, na GVT, venceu um leilão da Anatel e liderou o processo de abertura de capital da companhia em 2007. Hoje, Genish integra o Conselho Executivo de Administração da Vivendi. A seguir, trechos da entrevista.


Como você começou a sua trajetória profissional?
Depois que terminei minha faculdade de Economia, em Israel, trabalhei como consultor na KPMG por dois anos. Foi uma experiência muito interessante. Aprendi muito com diferentes empresas, setores, culturas e gestores. Quando eu recebi oferta para ser CFO (Chief Financial Officer, que corresponde ao cargo de diretor financeiro) de uma empresa de tecnologia em Israel, achei bem arriscado, mas decidi assumir os riscos e apostei tudo.


Que empresa era essa?
Era uma empresa de softwares que começou com cinco pessoas em Israel. Mas, em 1991, identificamos o potencial de crescimento e decidimos investir no mercado norte-americano. Eu era muito jovem, aprendi muito, tive novos desafios, participei da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa na Nasdaq. Eu aprendi sobre o mercado norte-americano, o mercado financeiro e também sobre como trabalhar com analistas.


Por quanto tempo tocou essa operação nos Estados Unidos?
Achamos que deveríamos ficar mais próximos do nosso mercado (de tecnologia), por isso mudamos para os Estados Unidos e ficamos no país de 1989 até 1997.

Como chegou ao Brasil?
Em 1997, encontrei um amigo que tinha uma empresa de tecnologia de satélites e pensamos em usar essa tecnologia globalmente. Isso antes da evolução do celular. Achamos que poderíamos utilizar o satélite para telefonia rural, conectando as cidades mais distantes com o mundo, e assim começou a GVT, como uma empresa de telefonia rural.

Foi então que a GVT começou a criar forma?
Sim. Começamos a avaliar os melhores mercados e decidimos pela América Latina, que é o mercado mais próximo da minha cultura, do meu entendimento em fazer negócio. Depois de uma reunião com a ministra das telecomunicações do Chile, em 1998, conseguimos entrar em uma concorrência e começamos a trabalhar no mercado chileno. Esse processo no Chile foi muito emocional. Na primeira cidade, o padre abençoou o telefone, uma mulher falou com um familiar que não tinha contato há 20 anos, foi uma fase bastante importante para nós. O setor de telecom tem uma missão fantástica, que é conectar pessoas. Depois tivemos o projeto com o governo do Peru e da Colômbia, milhares de cidades em cada país.

E o Brasil?
Em 1999, recebi uma ligação da Oi – naquela época Telemar. Eles queriam um projeto em comum com a GVT na Amazônia. Um dos acionistas da Telemar queria parceiros. Avaliamos a proposta e aceitamos. Entramos no negócio, corremos riscos, tivemos desafios e, em julho de 1999, chegamos no Brasil. Ganhamos a licença formal em setembro de 1999. Diante da oportunidade de abertura do mercado de telecomunicações no Brasil, o desafio era enorme. Começamos com 20 pessoas e, em um ano, a equipe já era de 800 pessoas.

Quais foram os maiores desafios na fase de implantação?
Primeiro foi entender o que era o Brasil, como era o mercado aqui e como vencer em um mercado gigante e já consolidado. Sem falar português, era preciso fazer as pessoas acreditarem na minha proposta. Ganhamos o leilão da Anatel pela licença por R$ 100 mil, com uma proposta de cobrir as principais cidades da região Centro–Sul do País em apenas um ano, instalando 660 mil acessos para telefonia fixa.

E depois da licença?
O maior desafio foi no ano de 2002, quando o dólar subiu para R$ 4,00 e as empresas de telecom começaram a fugir do País. Precisamos entender esse cenário e, nessa época, ganhamos a confiança do setor. Outro grande desafio foi no IPO da GVT, em 2007, no qual captamos R$ 1,1 bilhão. Sempre tivemos uma preocupação em dar retorno para o acionista. Isso faz parte da vitória da empresa e da minha carreira. A grande lição sempre foi para mim. Aprendi que, se você tem convicção de seus projetos, de ideias e mudanças, é preciso seguir as suas convicções. O mercado pode te levar a fazer coisas diferentes, mas é preciso seguir sempre com seus projetos. Se falhar, paciência, todos falham. Não é o fim do mundo, é preciso dar a volta por cima.


O que você prioriza na sua gestão na companhia?
Priorizamos a qualidade de serviço e temos tudo sob nosso controle. São 18 mil funcionários, nenhum terceirizado. A GVT tem margem de Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de jutos, impostos, depreciação e amortização) de 40%, bem acima da média do mercado. Isso significa que, quando investimos mais na qualidade das pessoas, temos retorno maior no final. Esse é o orgulho da GVT.


Investimento em qualidade…
Há muitas rupturas no setor de tecnologia, de telecom. É um mercado competitivo e dinâmico. Estamos sempre ligados na qualidade do serviço e na inovação. Temos uma missão que é acreditar e ser, não a maior empresa, e sim a melhor empresa do setor. Mudar, adaptar e achar soluções para satisfazer colaboradores, clientes e acionistas todos os dias.


Como é liderar uma equipe de profissionais brasileiros?
Os brasileiros são mais emocionais. Os norte-americanos, são mais objetivos, lógicos e estão mais conectados com a marca, a empresa e o líder. Os brasileiros querem trabalhar para alguma coisa que eles acreditam, que estejam conectados. O cliente, a amizade e as pessoas são importantes. E isso não significa que é negativo ou positivo, melhor ou pior, é apenas diferente. No Brasil, é bem diferente do que vi em outros países, brasileiros gostam de achar soluções fora da caixa, nem sempre querem seguir regras. No trabalho, os brasileiros vão pensar diferente, pensar coisas que não estão no manual. E a GVT cultiva esse ambiente diferente, dinâmico.
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/radar-do-emprego/e-preciso-seguir-sempre-com-seus-projetos/

sábado, 28 de junho de 2014

6 dicas para você encontrar o emprego certo

Ser feliz no trabalho é o desejo de todos, no entanto, privilégio de apenas metade dos brasileiros. Segundo pesquisa realizada pela Right Management, consultoria em gestão de carreira e talentos, 48% dos profissionais diz estar infeliz no trabalho. Os mais descontentes são os jovens na faixa dos 20 aos 30 anos.

De acordo com consultores de carreira o descontentamento no trabalho pode estar relacionado a escolhas erradas. Pode ainda estar ligado à dificuldade de casar objetivos pessoais com valores organizacionais.

Confira as dicas.
1. Invista no autoconhecimento
A realização profissional não vem antes da pessoal. Saber o que motiva você, quais suas habilidades e pontos a ser desenvolvidos é imprescindível para o sucesso profissional. “É fundamental avaliar o que você busca em termos profissionais. É estabilidade financeira ou uma recompensa maior?”, questiona Tais.    
Tudo começa com a escolha adequada, diz o consultor Fernando Montero da Costa. “O profissional deve escolher uma carreira que combine com os gostos dele, que tenha a ver com suas aptidões.”
2. Avalie se o seu jeito e o da empresa combinam
Segundo a especialista Tais Targa, grande parte dos profissionais se equivoca com o status de determinadas companhias. “Às vezes o profissional faz parte do quadro de funcionários das Melhores Empresas para Trabalhar, mas tem o azar de ter um mau gestor.”
Tais afirma que o profissional deve pesquisar sobre a companhia para saber se a cultura dela é compatível com o valores pessoais. “Você prefere trabalhar em uma empresa competitiva ou de cultura amigável?”, pergunta a especialista.
3. Tenha um plano de carreira
Para dar certo uma carreira precisa ser bem planejada, considerando fatores externos, como a economia e as transformações do mercado de trabalho. Segundo Tais, o profissional deve avaliar ainda o que determinada experiência agrega ao seu currículo. “Muitas vezes a atividade não oferece ao profissional uma oportunidade melhor no futuro.”
4. Saiba administrar o “lado chato” do trabalho
Narizes tortos, chefes fracos, tarefas burocráticas. Por mais que você goste do que faz e que a empresa lhe proporcione crescimento pessoal e profissional não existe emprego perfeito. “Mas o ideal é que na maior parte do tempo o profissional se sinta realizado no trabalho”, afirma Fernando Montero, da Human Brasil. Segundo o consultor, pelo menos 70% das atividades devem satisfazer o profissional. “Os 30% restantes são tarefas ou situações inerentes a qualquer organização.”
Para Tais, circunstâncias não muito agradáveis devem ser encaradas como “laboratório”. “A maioria dos profissionais esbarra na parte relacional. É preciso aprender com a situação para sair fortalecido dela.”
5. Construa boas redes de relacionamento profissional
Grande parte das vagas de emprego não é divulgada no mercado. São postos preenchidos por meio do networking. O relacionamento construído nas mídias sociais também é importante. “As redes sociais têm tornado os processos seletivos e a busca por candidatos muito mais rápidos”, confirma Fernando. “Com certeza as redes tornam os profissionais mais visíveis e contribuem na busca do emprego ideal”, completa.
6. Conte com a sorte
Não pense que o recrutador vai entrar em contato com você sem o mínimo esforço e vontade de sua parte. Mas não podemos negar que alguns casos de sucesso ocorreram por acaso - se é que se pode chamar assim. “Diria que é 90% esforço e persistência e 10% sorte”, diz Fernando.
O fato é que algumas circunstâncias, continua o consultor, colaboram ou não para o êxito na busca do emprego dos sonhos. “Localidade, formação e nível social do profissional pesam, com certeza. Mas a internet minimiza um pouco isso”. Identificar-se com o trabalho, contudo, é - e sempre será - o principal fator de realização profissional, afirmam consultores.